Meus primeiros dias como conversational developer

Sinch
3 min readDec 22, 2020

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  • Written by Bianca Andrade — Conversational Developer

Há pouco mais de dois meses, iniciei uma nova jornada profissional na Wavy Global, como Conversational Developer, sendo recém formada em Engenharia da Computação, iniciando a carreira tão sonhada do mundo de developers.

Estive à procura de emprego na minha área durante a pandemia, e confesso que fiquei muito frustrada com os “nãos” que recebia, ou por diversas vezes ser ignorada, sem retorno. Quando tinha a oportunidade de conversar com as empresas, tratava a respeito da minha deficiência, perguntava se havia a possibilidade de intérprete de libras ou se tudo bem usar a ferramentas de legendas, até que depois de um tempo, não sabia mais o que fazer para que recrutadores(as) não olhassem o meu currículo e logo descartassem pela condição de ser deficiente. E foi neste momento que a melhor resposta que eu poderia receber era o sim da Wavy!

Há alguns meses recebi um e-mail da recrutadora da Wavy me convidando para participar de outro processo seletivo para uma vaga na qual o meu perfil se encaixava melhor. Além da proposta da vaga ter mais a ver com o que eu queria para a minha carreira, fazer parte desse grupo era um sonho, então resolvi participar. E dessa vez deu certo, fui aprovada! Recebemos uma mensagem de aprovação para a última etapa de avaliação, com um vídeo de instruções para a fase seguinte, mas na verdade era enganação, pois o vídeo era para contar que eu já tinha sido aprovada no processo seletivo! A Wavy aceitou o desafio de entrevistar uma deficiente auditiva sem questionar sua capacidade, a entrevista fluiu com naturalidade como uma entrevista qualquer, até pra mim mesma, que naquele instante esqueci da minha limitação. Por isso, aceitar a proposta num conceito de trabalho home office sem ter experiência, é um desafio, e gratificante porque sei que tenho apoio.

Como deficiente auditiva, este é um mundo totalmente novo: apesar da pandemia, é a primeira vez que trabalho em home office, sem ter nenhum contato físico com as pessoas, e nesse contexto, o maior desafio para um deficiente auditivo é a videoconferência e a acessibilidade.

Aqui na Wavy as duas primeiras semanas foram desafiadoras e de muito aprendizado, como no treinamento onde havia mais de 23 nerds contratados numa janela, com objetivo de ajudar a criar soluções em chatbots. Também tivemos um treinamento complementar para utilizarmos a ferramenta mais importante da Wavy, além de aprendermos sobre comunicação e trabalho em equipes, produtos, cultura da Wavy e as suas ferramentas técnicas.

Desde que eu comecei na Wavy como Conversational Developer — uma profissão nova no mercado, aliás, diariamente utilizo ferramenta de legendas para as reuniões. Conforme o passar dos dias, percebendo que a ferramenta não iria me apoiar em 100% do meu trabalho diariamente, pois temos reuniões que chegam a ter mais de 100 pessoas, recorri ao time de Gente, para que pudessem disponibilizar intérprete de Libras em reuniões com números grandes de pessoas. Por a dificuldade da ferramenta ser de captar a conversação paralela, pode ocorrer confusão durante a tradução instantânea. E a Wavy esteve totalmente aberta para disponibilizar o suporte que solicitei. após isso, a comunicação entre times, todos dispostos a ajudar, adaptar e respeitar a inclusão, desde então tem gerado vários comentários positivos entre times com o conteúdo acessível para mim também.

Como Conversational Developer, no dia a dia na Wavy, vejo vários desafios lançados, tenho novas aprendizagens, novas descobertas, novos códigos, liberdade e visibilidade onde você tem abertura para opinar qualquer coisa que seja necessária passar para equipe. Além disso, procuro sempre ter ideias que possam ajudar nos produtos com soluções que consigam entregar uma experiência qualitativa e eficiente para as pessoas.

Como profissional recém formada, não dispenso um bom estudo sobre novas linguagens de programação, atualização de novas tecnologias envolvendo conversação chatbots e conteúdo de produtos como UX writers, entender e se colocar no lugar dos usuários. E é isso: a profissão de developer é única e envolve muito esforços.

Na minha visão, o maior desafio da profissão é acompanhar a velocidade da mudança da tecnologia e adaptar e criar novas soluções para atender às novas expectativas do usuário com tecnologias recém criadas.

E hoje, vejo a Wavy como uma empresa que busca constantemente pela solução e procurando sempre a valorização da sua cultura e diversidade, que são diferenciadas!

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